sábado, 12 de abril de 2008

Autonomia Estudantil : Exemplo para outras categorias...



O movimento estudantil no Brasil está voltando com força total, e desde o ano passado vem realizando ações significativas. Em 2007 ocorreu a histórica ocupação da reitoria da USP contra os corte de verba do governo José Serra em São Paulo, além das ocupações na Unesp de Araraquara e da Fundação Santo André que foram reprimidas pela polícia militar.
Neste ano de 2008 tivemos a invasão da UFMG por parte da polícia, a mando da direção, para reprimir a exibição de um filme sobre a maconha, um ato horrível porque a universidade é o local apropriado para se debater a questão sobre a a legalização da maconha.
Na UNB em Brasília estamos vivendo a ocupação da reitoria por parte dos estudantes, pedindo a saída do reitor devido às denúncias de corrupção...parece que o cara começou a cair.

Nos últimos anos a UNE encontra-se aparelhada pelo governo do PT através do PC do B, blindando qualquer manifestação contra o governo federal, porém os estudantes estão buscando outros caminhos de forma autônoma, esse é o jeito... já que a burocracia tomou conta da UNE. Outras categorias poderiam seguir este exemplo, principalmente os professores da Apeoesp em São Paulo, o maior sindicato da América Latina encontra-se extremamente burocratizado pelas chapas governistas da Cut, e sem a menor capacidade moral de mobilizar o professorado contra as medidas neoliberais do governo Serra, e o que é pior, as chapas de oposição, como a Oposição Alternativa (Conlutas) não aprofunda a crítica à este nível, de buscar a autonomia para a categoria, está mais preocupada em conquistar os aparatos do sindicato.
A dita "oposição" quer ocupar a mesma posição da chapa Cutista, apenas trocando a burocracia....não são uma Oposição Sindical, e sim uma chapa de oposição. A Oposição Sindical, antes de ocupar cargos, se preocupa em organizar os trabalhadores em seus locais de trabalho, com plena participação da base, democracia direta, e organizando um fundo de greve. A chapa de oposição é uma possibilidade eleitoral de mudança dos cargos do aparato, mas não significa maior participação e maior concientização e mobilização para as greves por parte do professores que estão todos os dias nas escolas públicas do estado, e com um sindicato do jeito que está, sem menor ânimo para se mobilizarem.

Um comentário:

bud disse...

É, principalmente o movimento estudantil universitário, e não em todas capitais. Aqui onde moro, Belo Horizonte, são poucos ativistas que existem, e a maioria já está na universidade. A inclusão digital está danificando em um tanto os jovens!